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Quando Roger Federer, ex-tenista suíço, foi questionado sobre os maiores nomes da história do tênis durante a Laver Cup 2023Boston, ele não hesitou: apresentou um ranking pessoal de cinco lendas que, segundo ele, moldaram o esporte. A lista surpreendeu fãs e especialistas, sobretudo porque mistura ícones dos anos 80 e 90 com os membros do "Big 3" que ainda disputam o topo.

Contexto: a Laver Cup 2023 e a entrevista ao Complex

A edição de 2023 da Laver Cup, realizada entre 22 e 24 de setembro na cidade norte‑americana de Boston, reuniu as maiores estrelas do tênis em um formato de equipes. Foi ali, entre troféus e sessões de fotos, que Complex, mídia americana especializada em cultura pop e esportiva, conduziu a entrevista exclusiva com Federer. O suíço, que encerrou a carreira profissional em 2022 após 24 anos de circuito, aproveitou a ocasião para refletir sobre quem o inspirou ao longo da trajetória.

O top 5 de Federer: quem ocupa cada posição

1. Stefan Edberg – O sueco nascido em 19 de novembro de 1966 aparece como a "inspiração máxima" de Federer. "Ele subia sempre à rede, era muito elegante; para mim, ele era o jogador mais fixe", disse o suíço, lembrando das partidas de duplas assistidas na TV quando era criança em Basileia. Edberg, vencedor de seis Grand Slams, é lembrado por seu saque‑voleio impecável, estilo que Federer tentou incorporar nos seus próprios jogos de ataque.

2. Boris Becker – O alemão nascido em 22 de novembro de 1967 completa o segundo lugar. "A rivalidade entre Edberg e Becker era eletrizante; eu os via sempre", recordou Federer. Becker, conhecido pela potência do saque e pelos dois títulos de Wimbledon, representou para o suíço o exemplo de agressividade que ele incorporou nos momentos decisivos de sua carreira.

3. Pete Sampras – O americano nascido em 12 de agosto de 1971, com 14 Grand Slams, fica no terceiro lugar. A frase "um dos tecnicamente mais perfeitos da história" ecoou na entrevista, destacando a eficiência do saque e a mentalidade vencedora que Sampras manteve nos anos 90.

4. Rafael Nadal – O espanhol, nascido em 3 de junho de 1986 em Manacor, Maiorca, ganha o quarto posto pela "intensidade" que traz a cada ponto. Nadal, recordista de 14 títulos no saibro de Roland Garros, foi citado por Federer como alguém que "eleva o nível" com sua luta incansável nos rallies.

5. Novak Djokovic – O sérvio, nascido em 22 de maio de 1987 em Belgrado, completa a lista. Federer elogiou a "consistência quase imbatível" de Djokovic, lembrando que os três — Nadal, Djokovic e ele próprio — protagonizaram 59 confrontos oficiais, incluindo nove finais de Grand Slam.

Reações de outros protagonistas

Reações de outros protagonistas

Em notas rapidamente divulgadas, Rafael Nadal agradeceu o gesto e reforçou a admiração mútua: "Sempre respeitei o Roger; a sua elegância mudou a forma como jogamos". Já Novak Djokovic comentou que a lista “mostra como o tênis evolui, cada geração aprendendo com a anterior”. Por sua vez, a família de Stefan Edberg divulgou nas redes que a homenagem traz "um sorriso ao coração" do sueco, que está aposentado há quase duas décadas.

Impacto da lista no debate sobre o "GOAT"

O termo "Greatest of All Time" (GOAT) sempre gerou discussões acaloradas entre fãs. A escolha de Federer traz um novo ângulo: ele não coloca a própria pessoa na lista, mas destaca quem o ajudou a chegar lá. "Para mim, o GOAT tem que ser alguém que eu poderia colocar na parede do meu quarto", explicou o suíço. Essa postura pode mudar a narrativa, deslocando a atenção da rivalidade para a herança do esporte.

Analistas da ATP Tour apontam que a inclusão de Edberg e Becker reforça o valor do jogo de rede, algo que vem com menos destaque nas últimas décadas, dominadas por saques poderosos e rallies de fundo. "A lista de Federer cria espaço para reviver estilos que se perderam", disse o comentarista espanhol Juan Carlos Ferrero.

Próximos passos de Federer e da sua fundação

Próximos passos de Federer e da sua fundação

Mesmo aposentado, Federer continua ativo. A Fundação Roger Federer, criada em 2003, tem projetos educacionais em seis países africanos, entre eles a África do Sul, terra natal da mãe do tenista. Em 2024, a fundação planeja ampliar o programa de bolsas de estudo para 500 crianças, focando em áreas rurais onde o acesso ao esporte ainda é limitado.

No plano pessoal, Federer anunciou que pretende lançar uma série de podcasts onde analisará partidas históricas, inclusive as que o colocam ao lado de Nadal e Djokovic. "Ainda tenho muito a dizer sobre o que aprendi com esses grandes", afirmou.

Perguntas Frequentes

Por que Federer escolheu Stefan Edberg como a maior inspiração?

Federer sempre admirou o jogo de rede elegante de Edberg. O sueco combinava potência e sutileza, qualidades que o suíço tentou imitar quando ainda era adolescente assistindo às transmissões europeias nos anos 80.

Como a lista de Federer pode influenciar o debate sobre o GOAT?

Ao excluir a si próprio, Federer desloca o foco da rivalidade para a história do esporte. Isso incentiva fãs e especialistas a considerarem contribuições técnicas e estilísticas de gerações anteriores, não apenas títulos recentes.

Qual o papel da Fundação Roger Federer na África?

A fundação desenvolve escolas, programas de treinamento esportivo e bolsas de estudo em seis países, incluindo a África do Sul e o Quênia. Em 2024, o objetivo é chegar a 500 crianças, proporcionando educação e acesso ao tênis em áreas vulneráveis.

Quantas vezes Federer enfrentou Nadal e Djokovic?

Ao todo, Federer e seus dois maiores rivais se confrontaram 59 vezes em partidas oficiais. Dessas, nove foram finais de Grand Slam, um número que reforça a intensidade da época conhecida como a "Era do Big 3".

O que vem depois da Laver Cup para Federer?

Além de expandir a atuação da sua fundação, Federer planeja lançar um podcast de análise tática e participar como embaixador em torneios de caridade, mantendo-se presente nos bastidores do tênis mundial.

6 Comentários

  1. Eduarda Antunes

    Olha, a escolha do Federer mostra como o toque de rede ainda tem valor no tênis moderno.
    Edberg e Becker foram pioneiros na agressividade e elegância, e isso inspirou uma geração inteira.
    É legal ver um ex-jogador reconhecer a influência desses ícones, isso ajuda a preservar a história do esporte.
    Espero que mais jovens descubram esses estilos e tragam de volta a variedade de jogadas.

  2. Jéssica Farias NUNES

    Obviamente, a lista de Federer reflete o gosto de quem sempre esteve na zona de conforto da elite.
    Selecionar Edberg e Becker como “inspirações máximas” parece mais um desfile de nostalgia que uma análise profunda.
    É quase poético como ele ignora os verdadeiros inovadores que realmente mudaram o jogo nos últimos anos.

  3. Elis Coelho

    Federer destacou Edberg como modelo de elegância porque o voleio era a sua maior virtude e isso influenciou diretamente sua postura na quadra, enquanto Becker trouxe a potência de saque que ainda hoje define os padrões de ataque
    Sampras, Nadal e Djokovic completam o panorama ao representar diferentes facetas de domínio técnico e físico, cada um contribuindo de forma única para a evolução do tênis.

  4. Paula Athayde

    É uma vergonha que o Brasil ainda não tenha um nome assim na lista, mas pelo menos temos o nosso próprio orgulho nacional! 🇧🇷
    Se o Federer realmente valoriza a tradição do jogo de rede, imagina o que nossos talentos poderiam fazer com mais apoio e investimento.
    Vamos levantar a bandeira, apoiar nossos jovens e mostrar que o Brasil também pode produzir lendas dignas de reverência!

  5. Ageu Dantas

    Ah, que drama! Mais uma daquelas listas que parecem feitas só para gerar manchete.
    Não vejo muita novidade, só os mesmos nomes de sempre jogando o papel de “grandes influências”.
    É quase como se estivéssemos assistindo a um replay da história, sem nada de realmente surpreendente.

  6. Bruno Maia Demasi

    Se considerarmos o conceito de “influência estética” como uma abstração quase platônica, então Edberg representa a forma pura do voleio, enquanto Becker encarna a energia bruta do saque.
    É um exercício quase metafísico observar como Federer projeta essas figuras como arquétipos dentro de sua própria narrativa pessoal.
    Mas, no fundo, tudo isso pode ser visto como uma elegante forma de autopromover a própria imagem de “cidadão da história”.

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