Luka Dončić faz tripla-dupla e leva Lakers a vitória sobre Heat em Los Angeles

Na noite de domingo, 2 de novembro de 2025, o Los Angeles Lakers bateu o Miami Heat por 130 a 120 no Crypto.com Arena, em Los Angeles, com uma atuação quase mágica de Luka Dončić. O esloveno de 26 anos, que chegou ao time no verão passado, registrou sua primeira tripla-dupla da temporada: 29 pontos, 11 rebotes e 10 assistências — mesmo errando 10 dos 11 arremessos de três pontos. Foi um jogo de contradições: ele não acertou nada de longe, mas controlou o ritmo como um mestre. E o público? Não parou de gritar. Mesmo quando ele errou, ele fazia algo que ninguém mais conseguia.

Os heróis invisíveis

Enquanto Dončić se esforçava para encontrar o ritmo, outros levaram o time à vitória. Austin Reaves, o armador americano de 26 anos, fez 26 pontos, 11 assistências e só 3 turnovers — um jogo de precisão cirúrgica. Mas o verdadeiro revelado foi Jake LaRavia, o ala de 23 anos que completa 24 na próxima terça-feira. Ele saiu do banco e anotou 25 pontos, com 8 rebotes, 4 roubos e 3 assistências. É a terceira partida seguida com mais de 20 pontos — e ele ainda não é titular. "Ele joga como se tivesse nascido para isso", disse um técnico adjacente após o jogo. E então veio Jaxson Hayes. O centro de 25 anos, que vinha sendo questionado por sua falta de consistência, teve a noite perfeita: 7 de 7 nos arremessos, 15 pontos, e — o mais inesperado — seu primeiro três pontos como laker desde março de 2023. Ele até headbutted o suporte da cesta depois de um dunk brutal. Sim, isso aconteceu. E o público explodiu. "Foi um momento de pura alegria", contou Reaves. "A gente sabe que ele está trabalhando duro. Hoje, ele mereceu."

Quem faltou — e quem apareceu

Os Lakers jogaram sem LeBron James, que ainda se recupera de ciática na perna direita, e sem DeAndre Ayton, lesionado por espasmos nas costas. Mas o time não desmoronou. Pelo contrário. Bronny James, o filho de 20 anos do astro, marcou com um dunk após um passe de Reaves — e o próprio LeBron, sentado no banco, pulou da cadeira como se tivesse acabado de marcar. "Foi o tipo de momento que você não esquece", disse um funcionário do time. "Ele sorriu como se tivesse vencido um campeonato." Na arquibancada, o dono dos Los Angeles Dodgers, Mark Walter, assistiu ao jogo. Um dia após a equipe de beisebol vencer o World Series em Toronto, ele está agora profundamente envolvido na compra da maioria das ações dos Lakers. O clima no estádio? Era de festa. De verdade.

A defesa e os números que importam

Os Lakers não venceram por acaso. Eles fizeram 33 assistências contra apenas 11 turnovers. Acertaram 50,5% dos arremessos — e isso foi com Dončić errando quase tudo de longe. A chave? Movimentação. Jogo de equipe. O jogo começou com um 8-0, e nunca mais perderam a liderança. No primeiro quarto, mesmo com Dončić e Reaves juntos errando 5 de 7, o time liderava por 7 pontos — graças aos passes que levaram Hayes a fazer 11 pontos nos primeiros 12 minutos. No lado do Heat, Jaime Jaquez Jr. foi o destaque, com 31 pontos e 8 rebotes. Mas o time não conseguiu conter o ritmo. Bam Adebayo e Pelle Larsson fizeram 17 cada, mas a defesa ficou perdida nas trocas. Marcus Smart, o veterano armador de 31 anos, alcançou sua milésima roubada de bola na carreira — um marco raro, e silencioso, que poucos notam. "Ele é o coração da equipe mesmo quando não está marcando", disse o técnico do Lakers. E o momento mais bizarro? Dončić acertou um arremesso de 40 pés em uma jogada parada — sem pressão, sem tempo, só por diversão. O público entrou em delírio. "Foi o tipo de coisa que só ele faz", disse Reaves. "E ele fez isso porque podia."

O que vem a seguir

Com o triunfo, os Lakers chegaram a 5 vitórias e 2 derrotas, sua terceira vitória consecutiva. A próxima partida será na segunda-feira, 3 de novembro, no Moda Center, em Portland, contra os Portland Trail Blazers. Já o Heat, agora com 3 vitórias e 3 derrotas, enfrenta os Los Angeles Clippers no mesmo Crypto.com Arena na mesma noite — um duelo de rivais no mesmo ginásio, em um dia que já está marcado como histórico.

Por que isso importa?

Este jogo não foi só sobre vitória. Foi sobre o que acontece quando um time não depende de um único astro. LeBron ainda está fora, Ayton também. Mas os Lakers não estão em crise — estão em transformação. Dončić está se adaptando, e a equipe está descobrindo que pode vencer mesmo quando ele não está no seu melhor. LaRavia, Hayes, Reaves — todos estão se tornando peças-chave. Isso muda tudo. Porque quando um time tem várias opções, ele se torna imprevisível. E imprevisível é sinônimo de perigoso.