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Flávio Bolsonaro faz apelo direto a Trump em meio à crise política brasileira

O cenário político brasileiro ganhou mais um capítulo controverso com a intervenção direta de Flávio Bolsonaro nas relações Brasil-Estados Unidos. Em um post publicado nas redes sociais em 18 de julho de 2025, que rapidamente alcançou mais de 70 mil visualizações antes de ser apagado, Flávio pediu ao presidente norte-americano Donald Trump que suspendesse a nova tarifa de 50% imposta sobre produtos brasileiros. Ele sugeriu, em vez disso, que os EUA voltassem seus esforços para sanções direcionadas a pessoas específicas que estariam, segundo ele, abusando de poderes no Brasil.

Flávio não citou nomes, mas acusou essas figuras de violarem liberdades e usarem cargos públicos para ganhos pessoais, além de ameaçarem a democracia. Esse discurso não apareceu do nada: veio momentos depois de o Supremo Tribunal Federal determinar que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, use tornozeleira eletrônica e cumpra prisão domiciliar nos fins de semana. Essas decisões fazem parte de uma investigação da Polícia Federal que já se tornou um dos tópicos mais polêmicos do momento.

Post apagado, mas mensagem clara: clima de tensão aumenta entre poderes

Post apagado, mas mensagem clara: clima de tensão aumenta entre poderes

Após a repercussão, Flávio removeu a publicação alegando que não tinha influência sobre a política tarifária dos EUA. Mesmo assim, a mensagem já havia circulado por perfis políticos e grupos de debates. A ação de Flávio foi vista como um apelo internacional e, ao mesmo tempo, um ato simbólico de desafio, ao colocar o presidente americano como uma possível arma diplomática contra adversários políticos internos.

O senador se mostrou indignado com as determinações do STF, classificando as medidas judiciais como tentativas não apenas de limitar a liberdade de seu pai, mas de humilhá-lo intencionalmente. Em entrevistas recentes, ele vem repetindo que não pretende recuar e seguirá lutando por um "Brasil livre".

Essas declarações ampliam o desgaste entre Legislativo, Judiciário e Executivo, num momento em que setores do governo defendem diálogo e responsabilidade institucional. O pedido para que Trump substitua a tarifa por sanções individuais sugere uma estratégia inédita para parte da oposição brasileira, tentando buscar apoio externo diante das investigações do STF.

Enquanto isso, muitos parlamentares dos dois lados acompanham atentos, cientes de que decisões e posturas públicas assim mexem com o humor do setor empresarial e dos parceiros estrangeiros. O pano de fundo é bem mais complexo do que aparenta: estamos vendo famílias, instituições e interesses internacionais todos misturados num embate que ainda promete novos episódios.

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